Miro-me no espelho desbotado
contemplo um semblante
marcado,curtido
e de olhos cansados,
enmoldurado nas laterais
de cabelos nevados.
Toco levemente
minhas faces rubras
ajeito o bigode branco
acaricio o cavanhaque
esboço um sorriso amarelo
disfarçando a mim mesmo.
Pergunto sem resposta,
onde ficou o tempo
vivido,amado,chorado,
vendido,medido?
Silêncio!
ps: este poema escrevi no retorno de um velorio de um amigo que partiu no dia de ontem.
3 comentários:
Caro Tomaz Padovani!
Belo exemplar de uma inspiração/construção
que é fruto de um insigt corroborado pela experiência e sabedoria da Vida!
Abç!
Formidável... Abraços.
Que lindo!
Emudecido diante dessa reflexão.
Bjs!
Regis Sampaio
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